quarta-feira, 31 de março de 2010

Dona Morgana

Nem todas as bruxas são más, como todos imaginam. É o caso da Dona Morgana, a bruxa boa do Castelo Rá Tim Bum. Na série infantil, ela é a tia-avó de Nino. Uma feiticeira bem poderosa que atingiu 6000 anos de idade. Morgana passava seus conhecimentos pelo quadro “bruxaria”, onde ela contava sobre as lendas, sobre mitologia e até sobre história.


Sua experiência revela grande sabedoria a respeito da vida, das pessoas, de coisas, de lugares e de acontecimentos. A maioria das crianças a percebem como as suas avós, aquela figura doce e experiente, que dá colo e conselho a todos. Ela tem aquela casinha de “vó” que faz parte da recordação da infância de todos. Um lugar aconchegante para se ouvir as suas histórias e ainda na presença da gralha, Adelaide. Uma bruxa boazinha, paciente que, ao contrário de assustar as criancinhas, as ensinava sobre os mistérios da vida.








terça-feira, 30 de março de 2010

Angelina Jolie será uma bruxa no cinema.

A Bela Adormecida é um dos contos infantis mais famosos da literatura. A história foi popularizada pela Disney em um primoroso desenho animado, que continuará a encantar gerações. Um dos personagens mais marcantes, a Bruxa Malévola, que já foi descrita aqui no blog, agora ganhará a oportunidade de mostrar ao público a sua versão da história. Ela será a estrela de um filme com o seu nome: Maleficent.

O roteiro está sendo escrito pela roteirista Linda Woolverton, responsável pelos roteiros de A Bela e a Fera, O Rei Leão e do novo Alice no País das Maravilhas. Tim Burton já está cotado para dirigir a produção, que certamente trará o seu criativo estilo cinematográfico.

Segundo o LA Times, Angelina Jolie atualmente negocia com a Disney o papel da bruxa. A bela, com sua personalidade forte têm tudo para deixar Malévola mais moderna e sensual.





segunda-feira, 29 de março de 2010

Uma bruxa high-tech

A bruxa Yzma de “A nova Onda do Imperador” é um exemplo de bruxa pra lá de moderna. Com seus penteados transados e figurinos da moda, ela é uma típica bruxa da atualidade. Seu laboratório tem equipamentos de última geração, com direito a montanha-russa e tudo mais.

Tomada de raiva por ser demitida do cargo de conselheira real, ela busca a vingança, através de uma poderosa fórmula para matar o imperador. Os seus planos vão por água abaixo, quando o imperador Kuzco se transforma em uma lhama de cabelos roxos. Suas tentativas se repetem até que ela prova do seu próprio veneno.


sexta-feira, 26 de março de 2010

As Dríades

Tratam de figuras que na mitologia grega eram consideradas as ninfas. A lenda conta que as dríades nasciam junto às arvores e que, por isso, viviam sempre por perto de uma. A sua divindade estava diretamente ligada a sua árvore, que, se fosse morta ou podada, significaria também o fim de sua vida. A punição de quem destruía uma árvore era árdua e eram os próprios deuses quem as fazia.

Na mitologia nórdica, elas também eram consideradas feiticeiras. Contudo, existem fontes que as consideravam como figuras mitológicas, que habitavam as florestas e que presenteavam os homens que as protegessem dos lenhadores, que desejassem a realização do corte das árvores. Ao mesmo tempo em que as ninfas ou dríades protegiam estes lenhadores, estas figuras devoravam os homens que a ameaçassem, de uma forma em que estes nunca mais eram vistos.

O livro As Crônicas de Nárnia do autor C. S. Lewis é um romance, uma aventura para crianças, que trata de um universo de magia, onde as dríades estão presentes.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Uma bruxa que engorda criancinhas

O famoso conto de aventuras João e Maria tem uma daquelas bruxas de dar muito medo! As crianças passam momentos de muita tensão nas mãos desta terrível bruxa sem piedade!

Filhos de um pobre lenhador, os irmãos são abandonados na floresta pela família, que não consegue mais mantê-los. Durante o caminho, as crianças espalham migalhas de pão para que possam saber como retornar. O que elas não esperam é que passarinhos da floresta iriam acabar com as suas pistas.

Durante a caminhada, os irmãos encontram uma casa enfeitada com doces. Aquela dos sonhos de toda criança! Quando começam a se deliciar com as guloseimas percebem a chegada de uma bruxa. O plano dela era engordar João, para que quando ele estivesse bem ‘gordinho’ ela pudesse ter uma refeição mais satisfatória e, enquanto isso, Maria se ocupava dos serviços domésticos. Com o tempo a esperteza das crianças leva ao fim o planejamento da megera, que termina queimada no próprio forno. Ao final, o casal de irmãos descobre o baú de riquezas da bruxa e retorna à sua casa, com dinheiro suficiente para toda família.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A Feiticeira Medeia

Trata-se de uma mulher da mitologia grega, filha do Rei Eetes e neta do sol Hélios Deus. Era dotada de grande beleza e possuía olhos azuis e longos cabelos loiros. Sabedora dos mistérios das plantas, de ervas e das fórmulas dos elixires.

De acordo com a lenda grega, sua paixão por Jasão a impulsiona a ajudá-lo a obter o velocínio de ouro. Casa-se depois com o herói Jason, com quem tem os filhos Feres e Mermeros. Contudo, Jasão se apaixona por outra mulher e a abandona. Inconformada, Medeia estrangula os filhos e ainda presenteia sua rival, Glauce, com um manto mágico, que a leva a morte. Depois disso, ela casa-se com o rei Egeu e tem o filho Medos. Contudo, ao conspirar contra outro filho do rei, ela precisa refugiar-se em Atenas. Em Corinto e na Tessália, ela passa a ser honrada como a uma deusa.

A personagem ficou famosa por sua independência e pela sua forte personalidade, em não deixar-se dominar por nenhum homem. Sendo, desta forma, uma das mais voluntariosas mulheres do teatro grego clássico. Aqui no Brasil, o tema inspirou a peça Gota d'água, de Paulo Pontes e Chico Buarque de Holanda.

terça-feira, 23 de março de 2010

A bruxa Malévola

Ao completar 16 anos, a princesa Aurora espeta o dedo no fuso de uma roca e cai em sono eterno. Salva pelas três fadas madrinhas Flora, Fauna e Primavera, que indicam que um beijo doce de amor quebraria tal feitiço. O fim do conto se dá com a chegada do príncipe Filipe, que com a espada da verdade e o escudo da virtude, derrota a bruxa Malévola. Em um ato de coragem e com um beijo de amor, ele desperta a sua amada e quebra todo mal.

O conto de fadas da Bela Adormecida faz parte das histórias clássicas assistidas por várias gerações. De um lado, o bem, representado pela bela e do outro, o mal, pela figura da bruxa. Enquanto uma significa a expressão maior da bondade, a outra representa a inveja e a maldade, que pode estar no coração dos seres humanos.

Apesar de toda maldade atrelada a este personagem, existem pessoas que conferem um estilo à figura da Malévola. Isto prova que a identificação com a bruxa tem um caráter bem pessoal. Nem tudo pode ser dividido apenas em bem e mal; bonito ou feio.

Assista a cena em que a Malévola anuncia todo mal que fará a princesa Aurora. A perversa bruxa apavora milhares de crianças há muitos anos e é ainda muito conhecida nos dias atuais, de uma forma ou de outra.

segunda-feira, 22 de março de 2010

A Bruxa de Évora

Évora foi um dos corpos habitados por Nanaime. Este nome ficou conhecido por se tratar da cidade onde ela viveu, entre os anos de 1700 a 1800, em Portugal. Trata-se de uma bela mulher, profunda conhecedora dos segredos da magia. Suas alquimias eram realizadas com elementos da natureza. Embora temida, a bruxa era muito requisitada por sua fama de resolver as aflições de todos. Usando ervas, flores, Évora realizava banhos, feitiços, amarrações, sempre no intuito de ofertar cura, sucesso e proteção, na vida e no amor. Famosa por resolver tantas questões amorosas, foi justamente o amor que lhe pregou uma peça, trazendo o seu fim.

O desejo de Nanaime era o de se unir a um semideus para garantir a eternidade de sua prole. Para tanto, o seu amor por esta figura deveria ser carregado de verdade. E, assim ela fez, apaixonou-se por um semideus, contudo, não conseguia gerar a cria que ela tanto almejava. Embora se esforçasse demasiadamente para gerar um filho, ela não conseguia engravidar. Como seu esposo viajava desbravando mares longínquos, ela decidiu retirar uma amostra de seu sangue para ofertar a uma deidade, afim de que conquistasse o filho tão sonhado. A magia faz com que ela engravide durante a ausência do marido

O retorno do seu esposo veio junto com a condenação à Évora. Ele a condena à morte por adultério. Ele a mata, esquarteja seu corpo em muitas partes e o lança ao mar. Até completar a idade de 14 anos, a sua filha é banida e depois morta e enterrada aos pés de uma sagrada árvore, afim de que sua alma ficasse ali retida.

sexta-feira, 19 de março de 2010

A Rainha Má

As narrativas curtas, que ressaltam a luta do bem contra o mal, estão presentes em todos os contos de fada que conhecemos. De um lado, o encantamento; do outro, o terror. Assim surgiram as bruxas, que nestas histórias são as responsáveis por incutir o medo e causar pesadelos na maioria das crianças. Sim, elas marcam a vida de muitos na infância.

A cena abaixo, mostra a Rainha Má, do conto de fadas A Branca de neve e os sete anões. Com certeza habita o imaginário de muita criança e vale a pena ser assistida mais uma vez.

quinta-feira, 18 de março de 2010

As bruxas e o folclore

De acordo com o folclore de cada região, podemos classificar vários tipos de bruxas. Embora o conceito de bruxas sempre remeta àquela figura velha e assustadora, existem bruxas que são lindas e frágeis e, ainda, as que são dissimuladas.

O bem e o mal, a dor e o prazer, a vida e a morte andam juntas, portanto, o conhecimento de ambas as forças é necessário. Prepare-se para conhecer diversas bruxas e quem sabe você possa se descobrir em uma delas e se surpreender com o poder que emana de você!

Neste post será apresentada uma figura do folclore do leste europeu, Baba Yaga, que aparece em inúmeras histórias de bruxaria. Trata-se de uma mulher de idade avançada, que viaja pelo céu, montada em um almofariz, apagando os seus rastros com uma vassoura. Reside em uma casa móvel, com fechadura de dentes e patas de galinha. Ossuda, com nariz largo e vermelho e no lugar de cabelos, cardos. Sua origem provém do bem, contudo, o tempo a transformou em uma daquelas horripilantes e sinistras bruxas.

Conforme a lenda, três cavalheiros habitam a sua casa, onde a entrada era concedida mediante uma frase mágica. O Dia era branco e cavalgava um cavalo branco, o Sol aparecia com um cavalo vermelho e a Noite possuía uma montaria negra. Esta bruxa ora assumia uma personalidade boa, ora ruim. Em sua fase negativa agia como caçadora de homens considerados por ela ruins. Considerada uma figura perigosa, esta bruxa aparece ainda em outras lendas por todo mundo.

Fonte: http://floreslivroselua.files.wordpress.com/2009/08/babayaga2.jpg


quarta-feira, 17 de março de 2010

Que tipo de bruxa é você?

Que toda mulher tem seu lado bruxa, todos já sabem! Agora, que tipo de bruxa você é?

Em breve, na comunidade de O Livro Perdido das Bruxas de Salem, no orkut, haverá uma enquete, em que você poderá indicar qual a bruxa que tem mais o seu jeito.

Bruxas do folclore, dos contos de fadas, dos filmes e de toda parte do mundo passarão por aqui. Use sua imaginação e perceba qual delas tem mais a ver com você ou de qual delas prefere se distanciar!

Ao final da promoção serão sorteados livros entre os participantes.

terça-feira, 16 de março de 2010

Bruxas - De Onde Surgiu o Mito

Em 1484, o Papa Inocêncio VIII promulgou a bula Summis desiderantes affectibus, confirmando a existência da bruxaria. Em 1486 a publicação do Malleus maleficarum ("Martelo das Bruxas"), que originou a caça às bruxas, mais do que obras anteriores, associava a heresia e a magia à feitiçaria.

"O vocábulo "Bruxa" é de orígem desconhecida provavelmente de orígem pré-Romana. No entanto existe uma provável relação com os vocábulos proto-celtas: *brixtā (feitiço), *brixto- (fórmula mágica), *brixtu- (magia); ou o Gaulês: brixtom, brixtia do qual deriva o nome da deusa Gaulesa Bricta ou Brixta".




Até o século XIII a Igreja não punia esse tipo de superstição. Mas, nos século XIV e XV o conceito de práticas mágicas, heresias e bruxarias se confundiam no imaginário popular graças à ignorância. Eram, em geral, mulheres as principais acusadas.

O episódio que ocorreu em Salem não foi o único. A história nos mostra que a histeria causada pelo medo e a ignorância da sociedade vem mandando mulheres para a forca ou a fogueira ao longo dos séculos, mas também vem criando mitos poderosos.

As Bruxas nasceram do medo e da ignorância de seus perseguidores. Reais ou imaginárias essas mulheres foram perseguidas e temidas e suas histórias perduram em contos, filmes, livros e poesias.

Prova de que nem as fogueiras da inquisão foram capazes de extinguir o sua força. De Baba Yaga as Bruxas dos contos de nossa infância, todas têm uma história perdida que precisa ser revelada.



Fonte: Circulo Sagrado

segunda-feira, 15 de março de 2010

A Época dos Rituais

Os relatos sobre rituais de vudu que eram feitos pela escrava negra Tituba, a um impressionável grupo de meninas puritanas levou Salem a viver um dos mais negros períodos da sua história. Interessadas em descobrir sobre seus futuros maridos e amores, as jovens subverteram uma das práticas mais sagradas da magia, e por isso, pagaram um preço.

Longe de tratarem de assuntos meramente mundanos, os rituais são os canais de conexão com a natureza e os Deuses. Alguns rituais são realizados em épocas especiais, datas que são consideradas sagradas para a tradição mágica.

Essas datas estão representadas pela “Roda do Ano” que marca os ciclos das estações , que são veneradas pelas Bruxas como a representação da vida e da morte.

Conhecidos como Sabás, nessas épocas especiais, são realizados rituais de agradecimento, poder e fertilidade.




sexta-feira, 12 de março de 2010

Diário de Bruxaria


Como todo ritual é sagrado deve ser bem registrado e cuidado. Por isso, toda bruxa guarda suas invocações e encantos no “Livro das Sombras”. O termo vem do inglês “Book of shadows” e costuma ser visto pela sigla B.O.S. Este livro mágico contém todo o trabalho ritualístico das bruxarias.

É como um registro do conteúdo da sombra da realidade, que funciona como uma espécie de diário das bruxas. Não existe um único livro, trata-se de algo íntimo e cada bruxa escreve o seu à mão. Cabe ressaltar, que algumas bruxas anotam seus sonhos e pensamentos em um outro livro.

Pela tradição, a capa do livro das sombras é preta, com o pentagrama cravado na capa. Mas, isto não é uma regra, uma vez que outros símbolos possam ser usados, de acordo com cada caso. Para escapar de tantas perseguições, o livro das bruxas é queimado, quando se dá a morte das bruxas. Este é um ato que resguarda a família.
Felizmente o Livro Perdido das Bruxas de Salem não teve esse destino e permanece entre nós.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A magia dos rituais

Os rituais originam-se dos tempos pagãos, quando a Deusa-Mãe, Terra, era vislumbrada como um símbolo de vida. Desta forma, o uso dos rituais funciona como um meio de ligação à vida, dando-nos sentimento de pertencimento a determinada sociedade.

Inicialmente, os rituais sagrados de bruxaria eram realizados na natureza, em lugares que possuíam uma energia e um magnetismo maior. Contudo, a perseguição às bruxas, ocorrida na época da inquisição modificou este cenário. As bruxarias passaram a ser feitas no interior de recintos preparados para tal. Para trazer à magia da natureza para estes lugares era feito um círculo mágico, como forma de fazer um paralelo entre este mundo e o mundo dos deuses. Era uma espécie de abertura dos rituais.

O imaginário popular percebe os rituais de bruxaria como medonhos e carregados de maldade. Uma imagem que precisa ser alterada, uma vez que não estamos mais na época da inquisição. Além disso, existem rituais para qualquer coisa na vida, desde o nascimento até a morte. O ser humano precisa de alguns ritos para balizar seus valores. Alem do mais, as bruxas de hoje esbanjam boas doses de intuição, bom humor e criatividade; o que não faz mal a ninguém.




quarta-feira, 10 de março de 2010

Lançamento do Book Trailer!

Inspirada na mágica história foi criado um Book Tailer onde você poderá sentir todo o clima de O Livro Perdido das Bruxas de Salem. Assista agora!

terça-feira, 9 de março de 2010

Salem de ontem e de hoje

Salem, um pequeno vilarejo na colônia americana na Nova Inglaterra, abriu a caça às feiticeiras. Berry, filha do reverendo da pequena cidade, passou a desenvolver um comportamento estranho. A menina de nove anos de idade negava-se a comer e era acometida por sucessivos espasmos, de natureza inexplicável. Como pode se imaginar, a cidade de tão pequena, era provida de recursos mínimos, sendo o médico da cidade, um senhor de avançada idade. O diagnóstico fora que a menina estaria ‘enfeitiçada’ e que precisaria de muita reza para se curar daquele estranho mal.

Depois deste fato com a pequena Berry, outras meninas daquela cidade passaram a desenvolver postura semelhante. Latiam, salivam e se arrastavam no chão, tal como cachorros raivosos. Questionadas, as garotas falaram que suas estranhas atitudes tinham referência a rituais de vodu, realizados por Tituba. A escrava negra, que tinha conhecimento de magia, apresentava vários ritos e era assistida por meninas curiosas, educadas com muito moralismo. Uma vez que existia algo de animista naqueles feitos, as meninas tinham a sua libido despertada. Com excessiva culpa, por despertarem algumas fantasias eróticas, algumas delas desencadeavam condutas histéricas.

Durante o tribunal, as meninas apontaram outras pessoas que poderiam estar enfeitiçadas. Assim, todos passaram a ser suspeitos de serem uma espécie de ‘agentes do demônio’. O ano de 1692 foi marcado por uma fanática caça as bruxas. Mais de 300 pessoas foram acusadas de praticarem atos infames, os maridos levantavam suspeita de suas próprias mulheres. Toda esta onda de tensão levou à morte de dezenove pessoas por enforcamento.

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Salem é ainda hoje permeada de mistérios e carrega histórias arrepiantes. Existe um museu na cidade com estátuas de cera, que recriam a história com a narração de uma voz em off. Passeios, bailes e afins fazem parte da rota de quem quer sentir aquele friozinho na espinha e aquele frisson no corpo inteiro. Atualmente, as novas bruxas de Salem são constantemente recriadas, mas com enredo diferenciado. A cidade é conhecida como a meca das bruxas, do passado e do presente.






segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia 8 de Março, um dia mágico para todas as mulheres.

No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve reivindicando seus direitos e foram brutalmente assassinadas. Aproximadamente 130 tecelãs morreram queimadas na fábrica. Assim como elas, outras mulheres ao longo da história perderam suas vidas na fogueira, por não concordarem com as injustiças de sua sociedade. Muitas despertavam o medo e a desconfiança de seus contemporâneos, por ter a personalidade de expressar o poder de sua feminilidade. Essas mulheres injustiçadas vieram a ser conhecidas como bruxas.

O mito criado por àqueles que as oprimiam persiste até os dias de hoje. Os contos de fada transformaram as bruxas em mulheres feias, maltrapilhas e com fama de que comem criancinhas. No entanto, as bruxas eram pessoas normais. Tinham o mesmo cotidiano de toda mulher moderna, uma casa, filhos, maridos, trabalho e problemas como todos. Existe uma atmosfera de terror relacionada à bruxaria, porque as pessoas não conseguem desmistificar a imagem criada pela história. A vassoura nunca foi o meio de transporte de nenhuma bruxa, nem tampouco as criancinhas fizeram parte do cardápio. As bruxas não são verdes e nem realizam orgias em seus rituais. Pelo contrário, o sexo para as bruxas é sagrado e não existe nenhum pecado atrelado ao ato.

No caldeirão das bruxas encontramos uma grande aproximação com a natureza. As bruxas de uma forma geral adoram a lua e celebram as suas fase

Honram seus deuses e deusas e repudiam qualquer forma de preconceito. Amam e cuidam da terra que é em essência representada como a mãe, aquela capaz de criar a vida, poder máximo de toda mulher.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Sim, elas existiram. E ainda estão entre nós.

Connie desejava se dedicar a uma dissertação de mestrado, que cursava em Harvard, no ano de 1991. No entanto, sua mãe lhe reservara outros planos. A casa de sua avó, no interior do condado de Essex necessitava de cuidados. Durante a reforma do antigo casarão, Connie tece grande interesse pela figura de uma ancestral sua, Deliverance Dane, famosa por receitar poções, remédios e por ter o poder da cura.

A casa situava-se na famosa cidade de Salem. Um lugar que carrega as marcas de abrigar um dos mais infames episódios da história dos EUA. Ocorre que, em 1962, mais de 150 pessoas foram presas e condenadas à forca. Inúmeros acontecimentos levaram ao julgamento, pessoas que eram consideradas amaldiçoadas. A cidade desenvolveu um verdadeiro quadro de histeria coletiva, desencadeada por uma indigna cassação às bruxas; nome que aplicavam àqueles que apresentavam comportamento estranho à época. Connie, que realizava uma pesquisa acadêmica, neste momento, acirrou a sua busca por detalhes da vida desta polêmica mulher. Segundo ela, existiria um livro denominado O Livro Perdido das Bruxas de Salem, que revelaria os segredos de Deliverance Dane.

A história do livro se baseia na busca por respostas; um questionamento a respeito do alcance do preconceito em uma sociedade. “No período anterior à Revolução Científica, a conexão entre fé, saúde e ciência era bem escorregadia”, revela Katherine. A autora conta que a idéia de escrever o livro surgiu em 2005, ano em que ela se mudou para uma cidade vizinha a Salem, Marblehead.

Katherine é descendente de Elizabeth Howe, enforcada como bruxa em 1692, e de Elizabeth Proctor, que escapou da execução por uma gravidez e é personagem da peça As Bruxas de Salem, de Arthur Miller. Acrescenta que a descoberta de sua conexão familiar tende a personalizar a história, mas o livro também parte de um grande interesse pelo dia a dia dos Estados Unidos naqueles anos. “Como as pessoas se sentiam vivendo naquele mundo? Como era pensar sendo um puritano? Acho que o episódio de Salem pertence a todos os cidadãos americanos, e cada um de nós tem muito a aprender com ele.”